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ENTREVISTA Marianna Motta

Social Media and Community Manager | Games and Esports at Itaú Unibanco | Oliver Agency





ESPORTSRIO: Como os Esports surgiram na sua vida?

MARIANNA MOTTA: Os esports surgiram na minha vida quando assisti pela primeira vez o CBLoL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) em 2014 presencialmente e desde aquele evento, que aconteceu no Maracanãzinho no Rio de Janeiro, eu nunca mais parei de acompanhar e me encantar cada dia mais por esse mercado. De forma geral, os games casuais sempre fizeram parte da minha infância e adolescência, então foi um hobby que acabou se tornando profissão.


ESPORTSRIO: Como se deu sua entrada na INTZ A2E?

MARIANNA MOTTA: Conheci a INTZ A2E, que na época era somente A2E, quando estava jogando LoL e reconheci um jogador que estava na minha partida usando a tag da UFF (Universidade Federal Fluminense, a Universidade onde estudo em Niterói), adicionei ele após a partida e ele me apresentou ao grupo de WhatsApp da Atlética. E a partir dali, amei a ideia, conheci todo o cenário de esports universitários e comecei a atuar como social media na Atlética e organizando eventos. E 1 ano depois eu já era vice-presidente da instituição.


ESPORTSRIO: Qual a importância dos Campeonatos Universitários para o crescimento do cenário dos eSports?

MARIANNA MOTTA: Os campeonatos universitários são fontes de revelação de novos talentos, em que muitos managers e coaches de times profissionais assistem para conhecer quem está se destacando. Os esports universitários também trazem a possibilidade para muitos estudantes de conciliar a competição com a rotina da graduação, e através das estruturas dos times e equipes, conseguem ter a experiência com um nível mínimo de profissionalismo e suporte. Além disso, as Atléticas e times universitários são grandes difusores dos esportes eletrônicos para fora do eixo Rio-São Paulo, criando oportunidades para quem não tem tanto contato com os grandes eventos e torneios.


ESPORTSRIO: Qual a importância pra você como mulher, estar na frente de um projeto do tamanho que é a INTZ A2E?

MARIANNA MOTTA: Extremamente significativa, pois quando assumi a presidência da INTZ A2E, a Atlética ainda não tinha relevância alguma dentro do cenário e eu não tinha experiência de gestão de pessoas aquela época. Mas, quando eu assumi, eu reconstruí a A2E para ter o reconhecimento que a equipe em si merece e eu vejo muito do meu esforço e da minha paixão que foram dedicados ao projeto, então é um grande exemplo para mulheres que querem criar algo novo, mas tem medo de serem julgadas ou falharem. A importância está na mensagem geral que eu quero passar para todas e todos que é: comece pequeno, mas comece.


ESPORTSRIO: Quais as especificações do trabalho como community manager?

MARIANNA MOTTA: Ser Community Manager não é ser Social Media. Muita gente ainda confunde, mas enquanto a rotina de um SM é muito focado em planejado e analytics, o CM é aquela pessoa que vai atender o fã, o torcedor, o espectador ou possível cliente, e nem sempre a interação será agradável. Então, para trabalhar como CM, é necessário saber lidar com pessoas ao mesmo tempo que entrega resultados em números, como engajamentos. Porém, números não é são o foco principal, e sim entregar uma boa experiência para aquela comunidade.


ESPORTSRIO: Como você vê o crescimento de mais mulheres no Esports?

MARIANNA MOTTA: Ainda muito devagar em comparação ao número de mulheres que são gamers e ao potencial que nós temos para mostrar, pois as oportunidades ainda não são as mesmas.


ESPORTSRIO: Na sua visão como deve ser o combate à violência contra as mulheres no cenário dos games no Brasil?

MARIANNA MOTTA: Quando falamos em cenário dos games, a maioria dos ambientes nos quais nos relacionamos têm “donos”, ou seja, são ambientes que supostamente deveriam ser controlados. Uma partida de LoL, o servidor de uma partida de CS:GO, um lobby do Free Fire ou um servidor no Discord, são exemplos de ambientes que são gerenciados por uma Publisher ou uma empresa e, em minha opinião, esses “donos” deveriam ser mais rigorosos com certos comportamentos e atitudes inaceitáveis. De forma geral, a violência contra a mulher é crime e devemos levar isso às autoridades legais, como delegacias de polícia de crimes cibernéticos ou delegacia de defesa da mulher.


ESPORTSRIO: Quais as expectativas para o cenário universitário em 2022?

MARIANNA MOTTA: Com a volta da maioria dos torneios presenciais, o cenário universitário vai voltar para a curva de crescimento (tanto em quantidade quanto em qualidade competitiva) que estava subindo exponencialmente em 2019, com muitos torneios sediados em grandes eventos, como CCXP, GameXP e Brasil Game Show. A integração é um dos pilares do esporte universitário e, mesmo sendo modalidades eletrônicas, o prazer de disputar um presencial representando a sua Universidade, sua comunidade e o seu time faz a diferença para a motivação e o crescimento do atleta.


REDES SOCIAIS: LINKEDIN https://www.linkedin.com/in/mariannamottamuniz/



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