Atleta Profissional de Raibow Six Siege R6
ESPORTSRIO: Quando os games se tornaram parte da sua vida?
VICTOR HUGO BERSA: Acredito que desde pequeno, sempre gostei de jogar video game. Jogava no Megadrive do meus primos, e já tive quase todos os consoles, Playstation 1, Playstation 2, Xbox 360, PS4 etc, e tenho alguns guardados até hoje. Então acredito que os games sempre fizeram parte da minha vida e rotina, desde criança.
ESPORTSRIO: Quando você conheceu os Esports e viu que isso era o que você queria pra sua vida?
VICTOR HUGO BERSA: Competir sempre foi um hábito na minha vida, e algo que sempre gostei de fazer, já pratiquei e competi em muitos esportes tradicionais por conta disso, como futebol, judô, muay thai etc. Então quando percebi que daria para competir jogando video game foi amor a primeira vista. Eu recebi um ingresso para ir nas finais do BR6 no RJ, e acompanhei tudo muito de perto, a torcida, a energia etc, aquilo tudo foi surreal pra mim, percebi logo que era aquilo que buscava pra minha vida.
ESPORTSRIO: Dentro dessa área, assim como em qualquer outra, ter o apoio da família ou de pessoas próximas, é algo importante. Como foi pra sua família quando você disse que era isso que você queria?
VICTOR HUGO BERSA: Bom, no começo eles entenderam muito bem, principalmente meus pais que já são mais de idade e não estão muito acostumados com esse mundo da tecnologia. Mas ao mesmo tempo sempre me deram condições de fazer o que eu gostava. Com o passar do tempo meus pais e irmãs foram vendo que era uma carreira profissional mesmo. Hoje em dia me apoiam, assistem todos os jogos, e compartilham das minhas dores e vitórias também.
ESPORTSRIO: O que um atleta de Esports precisa pra ser um profissional? Quais características são fundamentais?
VICTOR HUGO BERSA: Acredito que para se tornar um profissional e ter sucesso em qualquer área é necessário 5 coisas: trabalho duro, sacríficio, dedicação, fé e paciência.
ESPORTSRIO: O Esports proporciona algumas experiências. Dentre essas, qual foi a melhor e a nem tão legais assim, que essa profissão traz?
VICTOR HUGO BERSA: A melhor coisa pra mim é definitivamente poder viajar o mundo enquanto se faz o que gosta, que no meu caso é jogar e competir. Agora sobre os aspectos negativos acredito ser as coisas que precisamos abrir mão para chegar no mais alto nível como : ficar longe de família e amigos, pressão,cobranças externas,incertezas sobre o futuro etc.
ESPORTSRIO: Como foi a experiência de jogar em outro país? Qual o maior desafio?
VICTOR HUGO BERSA: Gosto de viajar, então até que é agradável. Mas com certeza não é perfeito, quando se vai pra outro país a cultura é diferente, a comida é diferente, ficar longe de familia e amigos também é muito ruim e ficar longe da sua propria casa também. As inúmeras horas em voos apertados ou em hotéis sozinho, principalmente durante essa pandemia, foram experiencias muito negativas. Já passei mal em voos por ansiedade tendo que ficar no tanque de O2 e com um médico de acompanhante e também já fiquei 1 semana preso num quarto de hotel por suspeita de Covid-19, definitivamente experiências que não gostaria de ter novamente.
ESPORTSRIO: Com o crescimento dos Esports no Brasil e no mundo, é inevitável vermos cada vez mais mulheres ocupando esse espaço que anteriormente era classificado como "coisa de homem". Como você enxerga esse crescimento?
VICTOR HUGO BERSA: Acho esse crescimento muito positivo e necessário, acredito que os ESports pode e dever ser um lugar para todos, ainda mais com tantas mulheres talentosissimas por aí.
ESPORTSRIO: Na sua opinião, qual a melhor forma de combater a violência contra as mulheres dentro do esports?
VICTOR HUGO BERSA: Acredito que a melhor forma é o incentivo e integraçao das mulheres por dentro do cenário, sejam jogadoras, narradoras, apresentadoras etc, assim como campanhas que infatizem e eduquem sobre o combate a violência contra as mulheres
ESPORTSRIO: Quais seus objetivos e planos pro ano de 2022?
VICTOR HUGO BERSA: Bom, acabo de retornar ao Brasil para jogar nacionalmente, pois estava jogando em uma equipe extrangeira, e por agora meus planos são de solidificar de novo meu nome e marca no cenário nacional e buscar ser referencia na minha função, assim como progredir com o projeto de time que faço parte atualmente, que é o da SuperNova.
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